Tião Carreiro e Praiano

Final Dos Tempos

Tião Carreiro e Praiano


Já está na beira do abismo
Nosso mundo, sem escora,
Já foi tudo pro vinagre
E não tem sinal de melhora,
A sogra foge com o genro,
O sogro foge com a nora;
Velório já virou festa,
No enterro ninguém chora.

O que é ruim está aumentando,
O que é bom do mundo some,
Honestidade e trabalho
Não traz vitória pro homem.
Se ficar o bicho pega,
Se correr o bicho come,
O escravo do trabalho
Ganha o salário da fome.

O homem vive explorando
A Lua, a Terra e o mar,
Quantas crianças na rua
Sem escola e sem um lar.
Gastaram tanto dinheiro
Fazendo armas de guerra:-
-Daria pra fazer casa
Pra todos pobres da Terra.

Falência e concordata,
Filhas da maracutaia,
Duas bruxas sem vassoura
Estão levantando a saia;
Velho chicote arrebenta
No lombo do nosso povo,
Descamisados ganhando
No Natal chicote novo.

Quanta miséria na Terra,
Fortuna explode no espaço,
É este o final dos tempos,
O mundo virou um bagaço.
Nosso Pai que está no céu
Deu a vida pelo povo:
- Se voltar aqui na Terra,
Vai morrer na cruz de novo.

Compositores: Lourival dos Santos (Lourival Santos), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro)
ECAD: Obra #30417 Fonograma #1509537

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