Não sei se foi o Haxi, só sei que foi confuso Não sei se me permito, não sei se me abuso É um desalento doido, é uma coisa assim que dá Preciso me esvair, preciso vomitar
Vida, milagre mesmo quando te estraçalha Krishna e Arjuna estão no campo de batalha Aumento o som do fone pra tapar o da sirene E não há moral ou crença no mundo que me condene
Penso na morte, no norte, no corte, no século Xxi E que o moleque amarrado no poste, não come sashimi de atum Geração Gratidão, saudação ao Sol Sociedade dopada de Prozac e Rohypnol
Inevitável são tristeza e aflição Mas triste é essa moda de angústia e depressão Porque Deus é verbo, não é substantivo Então enxuga esses olhos porque, mano, tu tá vivo!
Eu quero é ver e ser visto, querer e ser quisto Sem culpa cristã, no amor de Jesus Cristo Quero a geladeira cheia, expressar-me por inteiro Às vezes mais Chorão, às vezes mais Camelo
Tá tudo por um fio, tá tudo por um triz E todo ser humano quer amar e ser feliz Por isso nego samba, brinca, queima sutiã Por isso tá explicado o sucesso do Instagram
Mondrian, Matisse, Basquiat e Soulages Churrasquinho de peixe com a rapeize na laje Massagem da gata, pimenta, proposta E um tapinha na bunda, com carinho ela gosta
Eu quero tudo isso, quero vê geral crescer Quero ver geral se amando, tipo em onda de Md Não é inconsequência, nem rebeldia vã Mas só por hoje a noite, que se foda o amanhã
Compositores: Danilo Ferreira Alves Cutrim (Danilo Cutrim), Vitor Isensee e Sa (Vitor Isensee), Nicolas Christ Fassano Cesar (Nicolas Christ) ECAD: Obra #14552168 Fonograma #12130665