Num festival de viola Coisas do nosso sertão Uma menina escolhida Estava na recepção
A essência da beleza Conheci na ocasião Tem nome de flor de ouro Pra menina tentação Ela estava tão divina A diabinha da menina É o tesouro do patrão
Começou a cantoria Som de viola e violão Esqueci que eu estava No meio da comissão
Esqueci da minha vida Esqueci da obrigação Aquela coisinha fofa Desviou minha atenção Ela estava tão divina A diabinha da menina É o tesouro do patrão
Ela é uma doçura Beleza com distinção Da cabeça até os pés Ganha da rosa em botão
Olhos verdes tentadores Que estraçalha coração Cinturinha de boneca Pra matar quem tem paixão Ela estava tão divina A diabinha da menina É o tesouro do patrão
Ela vestia uma blusa Fechadinha sem botão Tinha detalhes dourados Num verde meio pavão
Sua blusa é um gaiola Conservando na prisão Duas rolinhas ariscas Distante do gavião Ela estava tão divina A diabinha da menina É o tesouro do patrão
Olhei tanto pra menina Que caí numa inflação Se o patrão me desse um tiro Me matava com razão
Mas ele me deu um tombo Mesmo sem me pôr as mãos Com classe e categoria Me deu a maior lição Para os dois a vida é bela Eu não chego nos pés dela O tesouro é do patrão
Compositores: Lourival dos Santos, Moacyr dos Santos, Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) ECAD: Obra #6384804 Fonograma #2374874