Escrevo-te esta carta com saudades do passado, Recordo fatos idos, e ainda estou enamorado, Embora o meu romance terminasse tristemente, Guardei a tua imagem na retina, docemente, Mas vê se adivinhas minha amiga, quem eu sou, Eu sou aquele louco, que uma noite te amou, E que ao separar-se do teu beijo, que bem digo, Disseste com escárnio : Escuta bem o que te digo:
O sonho de uma noite se desfaz como a fumaça, Não passas de um brinquedo, de um capricho, Meu chalaça, Já tive mil amores, mil conquistas de uma hora, Matei meu desejo meu tolinho, vai-te embora, Depois nos separamos, nunca mais soube de tí, Somente na estação, numa tarde em que eu parti, Um lenço me acenava, traduzindo o teu adeus, E eu vi amiga, cheios d'agua, os olhos teus, Embora recordasse as palavras do passado, E tive a certeza que o "chalaça" foi amado, Agora um conselho, no amor, nunca se mente, Porque uma mentira, muitas vezes trai a gente, Escreva minha amiga, sem mentir ao te "chalaça", O sonho de uma noite, não se vai como a fumaça, Mataste o teu desejo, mas fiquei em tua mente, Porque naquela noite, nos amamos, mutuamente....
Compositor: Antonio Vicente Felippe Celestino (Vicente Celestino) (UBC)Editor: Mangione & Filhos (ABRAMUS)ECAD verificado obra #6064979 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM