Zé Fortuna & Pitangueira
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A Justiça de Um Filho

Zé Fortuna & Pitangueira

Raízes Sertanejas


Abandonando a esposa e um filhinho
Um certo homem saiu pelo mundo além
Deixou em pranto a sua pobre família
Desamparada neste mundo sem ninguém
A pobre esposa sofria desesperada
Com o filhinho que tinha pra sustentar
Qual uma ave solitária no deserto
Que não encontra nem um ramo pra pousar

E com o fruto e o suor de seu trabalho
A pobre esposa pôs o filho a estudar
Ele formou-se para juiz de direito
Agora então sua missão era julgar
Enquanto isso o seu pai por este mundo
Perambulava pra cumprir o seu destino
Um certo dia pra roubar ele matou
Tornou-se assim o mais cruel dos assassinos

Por esse crime o velho foi aprisionado
E foi marcado o dia do julgamento
No tribunal o pobre de cabeça baixa
Ficou chorando esperando o momento
E o seu filho que agora era o juiz
Tinha um dilema dentro do seu coração
Foi obrigado pela lei fazer justiça
Mandando assim seu próprio pai para a prisão

Dada a sentença todo o povo foi saindo
Mas o juiz permaneceu neste salão
E olhando triste para o rosto de seu pai
Ajoelhado aos seus pés pediu perdão
O pobre velho soluçando respondeu
Filho querido eu lhe dou minha bênção
Fizeste bem em condenar-me pelo crime
Sejas honesto não pratiques traição

Compositor: Leonildo Sachi (Leo Canhoto)
ECAD: Obra #19905 Fonograma #1613507

Letra enviada por lincoln greik dos santos

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