Aquele lavrador na manhã do mês de julho Ao abrir a janela deparou com o cafezal Queimado com a geada dos farro de três anos Se reduzido a nada pela sorte tão fatal Mas como a fé não morre todo lado a dor é o forte Que não tomba vencido sem chamar desanimado Recomeçou de novo a catar da terra mãe Sabendo que das cinzas novos frutos iam brotar
E como lá na terra a raiz estava verde Como a verde esperança tem raiz no coração Tratou de cultivá-la e o café brotou de novo Combrindo de verdura o vazio daquele chão Que sirva de exemplo a coragem deste homem Tão forte como tronco do maior Jequitibá Venceu dura batalha e hoje é com justo orgulho O maior fazendeiro do estadão do Paraná
Com muito amor em Deus aquele pó brotou a fita E flores se abriram onde haviam solidão E hoje ao comtemplar o cafezal cobrindo os montes Sorrindo ele vê que sua fé não foi em vão Caboclo de tutano com secuva do destino E lutar com bravura sem jamais ficar por baixo Sempre de frente erguida sem temer comtrariedade Porque somente a morte faz dobrar um cabra macho
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Euclides Fortuna (Pitangueira) ECAD: Obra #575328 Fonograma #710798