Quem vê você nesse ambiente, pecadora Não acredita que tens nobre coração Nesse ambiente sua vida sofredora Encontrou chances de poder ganhar o pão
O seu filhinho que é o espelho do passado Você o adora com afeto maternal Sustenta ele com o fruto do pecado Por isso mesmo seu pecado é divinal
Também do lodo nasce a flor que não tem nome Você é a flor que sobre o pântano brotou Maior pecado cometeu aquele homem Que sem abrigo pelas ruas lhe deixou
Para poder matar a fome do filhinho Na boemia o alimento foi buscar Igual a ave que entre espinhos faz o ninho Para poder os seus filhinhos abrigar
Para que um dia seu filhinho seja um homem E não se acanhe de sua mãe que o criou Esconda dele seu passado e seu nome Que a sorte ingrata sobre a lama atirou
Quando seu corpo repousar na campa fria Na sua tumba nem seu filho irá lhe ver Porque não sabe que viveu pra ele um dia E que por ele sofreu tanto até morrer
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Euclides Fortuna (Pitangueira) (SBACEM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1984 (02/Jan)ECAD verificado obra #250192 e fonograma #358742 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM