Zé Fortuna & Pitangueira

Doença Esquisita

Zé Fortuna & Pitangueira


Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá
Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá

Doença boba aconteceu com Zé Clemente
Que perdeu num acidente meio rosto, que azá!
Foi enxertado outro pedaço sem osso
Que tiraram de seu corpo adivinhe o lugá
Ele sarô, mas ficô com um defeito
Porque agora a cara dele tem vontade de sentá

Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá
Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá

O Malaquias foi mordido por um cachorro
E daquele dia em diante não pode mais sossegá
Quando vê um gato ele faz um arvoroço
Gosta de roer um osso e uma purga se coçá
Lá na cidade cada rolo que ele apronta
Todo poste que ele encontra ele pega a se encostá

Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá
Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá

O João Frangueiro de tanto lidar com frango
Um dia acabou cismando que era uma franga legorne
Todas as noites ele dorme no poleiro
Cocoréca no terreiro sempre quando sai o sol
Fica no ninho para ver se bota ovo
Quando vê um galo novo ele grita, é o maior

Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá
Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá

O Generoso usa levantar dormindo
E com isso vai roubando tudo que cair na mão
E a vizinhança ainda diz que o coitado
Não pode ser acordado que morre do coração
Com essa desculpa, outro dia de mansinho
Carregô pra casa dele a muié do Bastião

Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá
Tá, tá, tá, tá
Tá, tá dando tá
Cada doença esquisita no arraiá

Composição: José Fortuna

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