Sempre que havia uma festança no arraiá O italiano leiloeiro não faltava na função Lá no coreto entre patos e galinhas O italiano leiloeiro dava início no leilão
("- Quanto me dão pelo bode fedorento? Dois contos de réis Dois contos de réis, dou-lhe uma")
Conforme a cara e a coragem do freguês Ele gritava dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Até a Sunta, a mulher do italiano Ofereceu uma porca pro marido leiloar E o italiano abraçado com a porca Lá de cima do coreto não parava de gritar
("- Quanto me dão pela porca da minha muié? Três contos de réis Três contos de réis, dou-lhe uma")
Conforme a cara e a coragem do freguês Ele gritava dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Ele ensinou um papagaio a falar Pra quando chegasse a festa botar ele no leilão E o papagaio só falava, porco bóia! E o italiano leiloava segurando ele na mão
("- Quanto me dão pelo papagaio que fala "porco bóia! "? Quinhentos merréis Quinhentos merréis, dou-lhe uma")
Conforme a cara e a coragem do freguês Ele gritava dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Lá no coreto tinha patos e marrecos E também uma galinha oferta de dona Rosa E o italiano leiloando se esforçava Para ver se arrematava a danada da penosa
("- Quanto me dão pela galinha que bota quatro ovo por dia? Oitocentos merréis Oitocentos merréis, dou-lhe uma")
Conforme a cara e a coragem do freguês Ele gritava dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Euclides Fortuna (Pitangueira) ECAD: Obra #1412760 Fonograma #1741752