("Vô contá uma história triste Que jamais no mundo existe uma dor assim iguá O amor de mãe é maior que o céu Que as nuvens, que o sol, maior que a terra e o mar
Era uma pobre velhinha Que por consolo só tinha um filho por sua sorte Era o único que pra ela Pudesse acendê uma vela na hora de sua morte
Quando lhe deram o recado Que o filho foi convocado pra partir, pra ir pra guerra Devia seguí quanto antes pra bem longe Bem distante pra morrê lá noutras terra
Quanto chorou a velhinha Olhando no mar sozinha o navio desaparecê Que levou seu coração Deixando-a na solidão pra de saudade morrê")
E noite e dia lá no pé do artá Ela rezava e chorando pedia Que protegesse seu filho querido Trouxesse ainda nos seus braço um dia
Lá nas trincheira enfrentando a morte Quando uma bala varou o coração Sobre seu sangue ele morreu chorando Com o retratinho de sua mãe na mão
E quando um dia terminou a guerra E os combatente regressava ao lar No cais do porto entre a multidão Ela esperava seu filho vortá
E noite e dia lá no cais do porto Pobre velhinha seu filho esperô E o mar imenso nunca deu notícia Seu filho amado nunca mais vortô
Lá na Europa entre um cemitério Só uma cruz velha vela o corpo seu Longe da Pátria e da mãe querida Lutando sempre como herói morreu
Pobre velhinha foi morrendo aos poucos Chorando sempre pouco mais viveu Tarvez quem sabe se depois da morte A mãe com o filho se encontrou no céu
Compositor: Jose Fortuna (Ze Fortuna) ECAD: Obra #20009 Fonograma #710741