Bem na boca da cancela de uma mangueira pra outra É onde a vida se "apotra" e o mundo se destramela Quando um xucro se afivela de mão no seio do laço Pedindo cancha e espaço faz um osco dobrar os punho Junto a flor do redemunho onde retumba o guascasco
De sobre lombo e cucharra Cai um na cama do outro Quando o pealador maroto Nos quatro tento se agarra Cada pealo é mesma farra Com requintes de obra-prima O que dá na rima é rima Pois sobra até pra refugo Que reboleia o sabugo E fica E fica de pata pra cima
A estampa de abagualado Que o índio guapo carrega É o buraco nas macegas Quando tá de laço armado E no tirador surrado Por golpes no tempo brabo Ai resquícios do pealo E Iço de ir se não muda Por embora Deus acuda O laço ha! O laço é arma do diabo
Quando agosto faz fiador Na boca da primavera Fica o setembro na espera Já pelechando de flor Na imagem do pealador Que me alucina e me atrai E agarro e vejo meu pai Numa tosa de manada Ou esparramo a bocada E prende-lhe E prende-lhe o grito ao que cai
Por isso firmo o garrão Contando as braças da armada Nessa guitarra templada De ilhapa prima e bordão Ajorjada de tirão Num pampeano desaforo Pra que escute o estouro Do pealador da fronteira Que estende na polvadeira A última A última cama do touro
Compositores: Cesar Oliveira de Souza (Cesar Oliveira), Rogerio Andrade Vijagran (Rogerio Villagran) ECAD: Obra #4068144 Fonograma #1571554