Um sujeito endinheirado Que fazia e desfazia Menina nova e bonita Era o que ele perseguia Das garras deste gavião Quando a menina saia Lá pra casa dos seus pais Muito triste ela ia A menina tão formosa Um lindo botão de rosa Que no galho já morria
O que é bom logo se acaba Confirma o velho ditado Pote tanto vai a fonte Que um dia volta quebrado Foi quebrado logo cedo O encanto deste malvado Ele zombou de um amor Da filha de um coitado Ele quis fazer peteca De uma linda boneca Mas filha de pai honrado
A coitadinha chorando Pro seu pai contou o fato Eu tenho na minha garganta Um nó que eu não desato Naquele rosto de pai Vergonha ali era mato O velho entrou em cena Foi no derradeiro ato Jurou de joelho no chão Vou pular nesse gavião Do jeito que pula um gato
O caboclo de vergonha Deu um balanço na vida Viu sua esposa rezando Perto de sua filha querida Viu sua filha chorando Numa estrada sem saída Dentro da sua razão Ele entrou nesta partida Foi só pena que voou O gavião se acabou Desta vez pra toda vida
Este caboclo que eu digo Mora lá no pé do morro Numa casa escondida Parece toca do zorro Onde a Corruira canta E faz seu ninho no forro Tem azeitona de aço Malandro não tem socorro Malandro naquela casa Topa bezourro sem asa Tá num mato sem cachorro
Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Lourival dos Santos ECAD: Obra #24764 Fonograma #17323185