Zé Carreiro e Carreirinho

Cruel Destino

Zé Carreiro e Carreirinho

Zé Carreiro E Carreirinho


Helena uma linda moça
Filha de um rico doutor, ai
Adalto era um moço pobre
Mas muito trabalhador
Se amavam desde criança
E cresceram naquele amor

Pra Heleninha era só esse, ai
Que aliviava a sua dor
Seu coração já estava entregue
Pra aquele botão de flor

No jardim que se encontravam
Era o ponto acostumado
Cada dia que passava
Seu amor era dobrado
Sua mãe chamou e lhe disse
Que seu pai tinha falado

Que o casamento de Helena
Breve ia ser realizado
Pra casar-se com um francês
Um moço rico apreparado

Coitadinha quando soube
Seu dia estava chegando
Também foi se entristecendo
Naquilo ela foi pensando
Desprezar o meu amor
Querido de tantos anos

Com outro eu também não caso, ai
Conseguiu naquele plano
Pois antes prefiro a morte
Que casar com esse fulano

Recolheu-se no seu quarto
Com o revólver carregado
Trazia uma carta escrita
E muito bem explicado
Vou morrer porque não quero
Ver outro moço ao meu lado

Me vista o vestido branco, ai
Que eu ainda tenho guardado
Que era pro meu casamento
Que papai tinha comprado

A morte dessa mocinha
O mundo se balançou, ai
O sofrimento de Adalto
Só oito dias durou
Ele foi no cemitério
E na campa debruçou

É o derradeiro presente, ai
Heleninha que eu te dou
Cravou o punhal no peito
Coração atravessou

Dois coração que se une
Deve ter amores iguais, ai
Senhores pais de família
Note bem o tempo atrás
Que o correr do mundo véio
O quanto exemplo nos traz

Obrigar um coração, ai
É coisa que não se faz
O amor é como um vidro
Se quebrar não solda mais

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-Sp)

Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho)
ECAD: Obra #15874 Fonograma #28625

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