Zé Carreiro e Carreirinho

Boi Cigano

Zé Carreiro e Carreirinho


Na cidade de Andradina com a boiada eu fui chegando
Eu tava só com seis peões, oitocentos bois nos vinha
tocando
Com esse gadão de raça naquela praça eu fui
travessando
O ponteiro ia adiante com o berrante ia repicando

No meio dessa boiada eu levava um boi por nome cigano
O mestiço era valente por onde andava fazia dano
Ganhei o boi de presente na negociada dos cuiabanos
Já vinha recomendado pra ter cuidado com esse tirano

O comprador desse gado na estação já estava esperando

Pra fazer o pagamento depois do embarque dos
cuiabanos
Soltei os bois na mangueira e gritei pros peões
Já podem ir embarcando
Embarquemos os pantaneiros e no mangueiro ficou o
cigano

Chegou naquela cidade o grande circo sul africano
Uns homens com o proprietário a respeito do boi tava
conversando
Insultou-me numa briga do leão feroz e o cuiabano
Bati vinte mil na hora e jogos por fora estava
sobrando

O circo estava lotado e dado momento estava chegando
Quando as feras se encontraram eu vi que o mundo ia se
acabando
Uns gritavam de emoção e outros de medo estava
chorando
Em vinte minutos o leão assentou no chão e ficou
urrando

O leão é o rei das feras
Na selva ele é o soberano ai, ai
Com sentimento seu dono
Entregou o trono pro meu cigano ai, ai




Luan Jesus de Oliveira e-mail gra2006106099@unopar.br

Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Manoel Nunes Pereira (Manoel Nunes)
ECAD: Obra #106071 Fonograma #9998

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