Zé Carreiro e Carreirinho

Meus Parentes

Zé Carreiro e Carreirinho


A cerveja é minha prima
E o vinho é meu primo-irmão
A cachaça é a minha tia
O meu tio é o conhaque alcatrão

O meu pai é o danado do chops
Nunca pode faltar na função
Se nós não estiver numa festa
Não tem graça nem animação

Somos bem combinado
Eu já tenho falado
Que os meus parente
São mesmo danado
Pra deixar fandango bão

A moçada quando vai na festa
Tem alguns que é meio caipirão
Fica sempre num canto escondido
Lá na sombra de um lampião

Satisfeito lá vem o festeiro
Vem servindo a pinga e o quentão
O caboclo quando toma um trago
Já começa a ficar meio entrão

Ele arregaça a calça
Em tudo acha graça
Do seu sapateado
Levanta fumaça
Da sola do sapatão

O caboclo estando embriagado
Não tem medo de assombração
Não respeita nem a chuva brava
Nem as noites de escuridão

Se encontrar o diabo
Não tolera sua discussão
Vai mandando o coisa ruim
Se entender com a oração

O homem embriagado
Em lugar assombrado
É claro que passa
Tranqüilo e folgado
Mas com a garrafa na mão

Até eu quando vou numa festa
Se estou com pouca disposição
Pego a viola, estou desanimado
Não consigo fazer um baixão

Eu apelo para os meus parentes
Não demora já viro um leão
Eu já faço primeira e segunda
O meu peito vira um bombardão

Eu entro na dança
Eu animo a festança
Até eu escondo
A minha aliança
Pra bancar o solteirão

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Joao de Deus Domingues de Almeida (Joao de Deus)
ECAD: Obra #2018612 Fonograma #12699336

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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